
Por: Rev. Adi Éber Pereira Borges
“Quem é esse que obscurece meus desígnios com palavras sem sentido? Cinge-te os rins, como herói, interrogar-te-ei e tu me
responderás”. Jó 38.2-3 (BJ)

Durante uma forte chuva ou até mesmo um imensa tempestade, podemos ter várias visões, sentimentos e pensamentos; o que vai determiná-los é o local em que estamos, quem está conosco e o que temos pra fazer.
Estar abrigado/a dentro de uma boa casa, na companhia da pessoa amada, uma xícara de café ou chá quente e um pão acabado de sair do forno, é maravilhoso olhar na janela e ver a água caindo do céu, raios lampejantes riscando o horizonte e trovões esbravejando seu ruído. Já, estando em situação de risco, mesmo acompanhado/a, não tendo para onde ir, celular sem sinal algum, encharcados e com frio, é algo apavorante, desesperador e desolador.
Muitas vezes, dentro de mim, é essa cena que está a acontecer; tempestade, águas, raios e trovões, formação de um cenário pavoroso, não sei o que faço, a vontade de gritar vem na garganta e logo questiono: Por que? Em outros momentos, é uma calmaria só; o sol brilha, o vento sopra, a flor desabrocha, o sorriso aparece e a paz surge.

A vida é assim, uma gangorra com seus altos e baixos, uma montanha russa com uma subida lenta e descidas “a mil” e curvas dilacerantes. Nessa dinâmica enérgica e psicodélica reclamamos, praguejamos e muitas vezes questionamos com palavras sem sentido. Somos convidados/as a ir ao centro da vida, unir o sentimento e a razão, a lógica e a paixão, e nos encontrar com o Criador.
No meio da tempestade, ou seja, no meio de nós mesmos, no centro da existência, Deus se encontra conosco e gentilmente nos chama a pensar com Ele. Com todo amor, Deus se manifesta (teofania) a nós humanos e, por meio de perguntas, nos faz refletir e reconhecer que os Seus desígnios são perfeitos. Em nossa cultura, costumamos pensar que a vida está no coração, então, o chamado divino, soaria mais ou menos assim, “use o coração e pense com a razão; eu te farei algumas perguntas e, se fores capaz, você me responderás”.
Aqui os papéis se invertem, pois, normalmente nós é que enchemos Deus de perguntas. E muitas vezes, achamos que Deus está dormindo ou desatento com o que estamos vivendo. Mas, na realidade, Deus está desperto, atento e presente em cada ser humano, dentro de nós mesmos.

Quando estivermos enfrentando tempestades e as intempéries da vida, busquemos ainda mais a Deus, exercitemos a fé, a esperança e tenhamos bom ânimo; agindo assim, com certeza Deus surgirá no meio do redemoinho, falará conosco e nos dará a direção certa.
Ouçamos a voz divina, pois, mesmo no fundo do mar ou no fundo do poço, Deus estará lá conosco.
Rev. Adi Éber Pereira Borges†
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