Por: Rev. Adi Éber Pereira Borges
“Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro dia da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes:
Paz seja convosco!”. João 20.19
A cada novo amanhecer em que a luz do dia começa a brilhar, temos a chance de viver experiências muitas vezes únicas, marcantes e importantes para a vida. Na vivência e no exercício da vocação pastoral, tenho experimentado muitas coisas boas e ricas de importância; uma dessas experiências tenho chamado de Encontros de Fraternidade; tem se tornado comum em meus relatórios semanais de atividades o apontamento desses encontros.
São momentos em que me reúno com pessoas, às vezes individuais, outras coletivos, que não podem ser denominados visitas, mas também não são aconselhamentos e nem encontros instrutivos, ainda que isso possa acontecer em dado momento e dependendo do desenrolar da conversa; no entanto, são momentos prazerosos e de muita fraternidade e amizade. São encontros que nos fazem muito bem.
Às vezes são encontros marcados, outras vezes são espontâneos, da própria casualidade da vida; em alguns prefiro escutar mais e falar menos, em outros sou mais ouvido. O que importa é que tenho aprendido a valorizar esses momentos edificantes.
Quero crer que naquele pôr do sol em Jerusalém, Jesus, após ter ressuscitado, teve um desses encontros com os seus amigos e amigas; eles e elas necessitavam daquele encontro, precisavam da companhia de Jesus que lhes traria a paz. Aquele encontro inesperado com o Cristo lhes fez um bem danado, ali tiveram a sua fé renovada, a esperança reacendida e a certeza do amor divino.
Naquele encontro Jesus teve paciência com quem estava em dúvida, deu atenção assertiva com quem estava incrédulo, demonstrou amor com quem estava com medo e foi fraterno com aqueles e aquelas que iriam enfrentar as dificuldades da missão.
Faz algum tempo que nossa comunidade de fé decidiu ser uma comunidade de encontros, onde todas as pessoas podem expressar livremente seus sentimentos, suas percepções da vida, suas ideias e sua espiritualidade. Os encontros são diversos e acontecem em diferentes momentos e com várias inspirações e motivações. Alguns são mais formais e litúrgicos, outros com mais espontaneidade.
O importante é que esses encontros devem nos fazer bem, e têm nos feito; é perceptível nas afeições, nos abraços, nas conversas, no desenvolvimento das crianças, no respeito com os idosos, no acolhimento de quem chega, no amor expressado em atitudes.
Em especial, nossos encontros litúrgicos e de espiritualidade, onde expressamos nossa devoção e reverência a Deus, são marcados pela irmandade e fraternidade de uns para com os outros. Na coletividade praticamos nossos atos de piedade, e juntos caminhamos na missão da misericórdia. Isso tem nos feito muito bem!
Rev. Adi Éber Pereira Borges†
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