Por: Rev. Adi Éber Pereira Borges
“Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. 2 Coríntios 12.10
Estamos em pleno século XXI, vivendo a modernidade extrema, era da tecnologia avançada e digitalizada, onde quase tudo acontece de forma virtual, tempo da informação imediata, e para ajudar, após um tempo pandêmico dizem que vivemos uma nova e moderna normalidade. Muita coisa mudando nos forçando a adaptações e adequações. E tudo isso, não necessariamente ruim; muita coisa boa vem surgindo por aí.
Em meio a tudo isso, um amigo me diz uma coisa chocante, inesperada, que me forçou a pensar; “O cristianismo acabou, aquilo idealizado por Jesus não existe mais, o que temos hoje, é uma nova e adaptada forma de espiritualidade”. Estaria ele certo? Se olharmos e formos bem sinceros com aquilo que Jesus disse e propôs, como cristãos e cristãs, estamos no cumprimento?
Você parou para pensar no que Paulo, o apóstolo de Cristo, disse no texto em epígrafe? Penso que Paulo está fora de moda, talvez esteja fora da realidade ou quem sabe desatualizado. Com isso, não estou a dizer que ele esteja errado, mas pense bem, hoje, o que é pregado na maioria dos púlpitos eclesiais? Quantos líderes religiosos você escutou dizer o que Paulo disse? E você, tem prazer naquilo que Paulo disse ter?
Pois é, segundo a teologia paulina e a ideia central da Bíblia, a fraqueza humana, quando vivida e encarada de forma correta, se torna grande e inesgotável fonte de fortaleza e vitalidade. Por mais estranho e incompreensível que possa parecer, quando estamos fracos e em dificuldades podemos nos tonar fortes; a possibilidade está em quem depositamos a nossa dependência e a nossa busca da superação das dificuldades.
O sistema humano e mundano diz que devemos confiar em nós mesmos e naquilo que supostamente temos, e como vivemos numa sociedade performática, devemos sempre nos mostrar fortes, felizes e realizados, mesmo que isso não seja a realidade, por isso que muitas pessoas hoje vivem duas vidas, a linda e maravilhosa vida nas redes sociais e a dolorosa e triste vida real.
Mas, o Apóstolo nos apresenta uma nova vida, apesar das dificuldades e problemas, nos fortalecemos na dependência do amor de Cristo. Quando nos sentimos fracos, aguçam os sentidos, a busca e a aproximação de Deus, e é nesse momento que somos fortes. Participando da comunhão de Cristo Jesus, nos alimentando do Seu Corpo e Sangue na coletividade da Igreja nos fortalecemos na graça divina; “a minha graça te basta”, “Deus é o bastante”.
Use as dificuldades da vida para te aproximar ainda mais de Deus, seja tu uma fortaleza, ainda que esteja fraco/a.
Rev. Adi Éber Pereira Borges†