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Cosmos 2024: os mistérios do universo no Sesc Birigui

A programação é para todas as idades e conta com palestras, oficinas, espetáculo, exibição de cinema. Tudo gratuito (Foto: Divulgação).

Da redação Diego Alves

De 6 a 11 de agosto, o Sesc Birigui se transforma em um verdadeiro universo de atividades, com a realização do Cosmos 2024, que nesta edição explora a intersecção da astronomia e a cultura dos povos indígenas, além da ufologia, tema presente desde a primeira edição.

A programação está diversificada, indo das artes manuais e visuais até palestras sobre os temas, passando pelas experiências sobre o universo no planetário. Entre os convidados, nomes como Maybí Machacalis, Gustavo Villa, Deidimar Alves Brissi e Rodolpho Langhi, que têm em comum o interesse pela astronomia e cultura indígena, e Marco Antônio Petit, referência em fenômenos UFOs (sigla em inglês para Óvnis – Objetos Voadores não Identificados).

A artista indígena e ativista Maybí Machacalis, por exemplo, exalta a cultura de seu povo Maxakali por meio de sua arte, transmitindo a beleza das terras ancestrais que contam histórias desde tempos longínquos até os dias atuais. Em suas obras, ela captura não apenas a essência da fauna e flora de sua região, mas se inspira na astronomia indígena, integrando representações celestes que têm profundos significados culturais e ecológicos.

Em Birigui, ela comandará oficina temática sobre Pintura astronômica indígena e deixará registrada essa herança cultural e natural de suas terras no mural Cosmos Tupi-Guarani no Sesc, onde o público poderá acompanhar o trabalho ao longo da semana.

Durante o Cosmos, Gustavo Villa, historiador e pesquisador, ministra a palestra Cultura Estelar Tupi-Guarani ao lado de Maybí. Ele é autor do livro de mesmo nome, que conta com ilustrações da artista. O trabalho é fruto de uma pesquisa sobre a forma como os povos originários do Brasil interpretam as constelações estelares, que foram nomeadas no mundo ocidental a partir da cultura greco-romana.

Na obra, o pesquisador cita os europeizados “Cruzeiro do Sul” ou “Cinturão de Órion”, como também é conhecida a nossa constelação Três Marias, como Jabuti, o Homem Vermelho ou o Caminho da Anta pelos povos indígenas.

“Não faz sentido nenhum para uma criança da Amazônia olhar pro céu e procurar um Perseu, Hércules, Medusa, se eles estão vendo a Onça, Tamanduá, o Tatu, que já são muito familiares para eles”, disse em entrevista sobre a pesquisa, que deu origem ao livro.

De acordo com Gustavo Villa, as imagens das constelações dos povos originários estão relacionadas com os elementos do meio ambiente e os ciclos da natureza para várias etnias, como Tupinambá, no Maranhão; Pataxó, em Minas Gerais; até Guarani, do Mato Grosso. Os fenômenos celestes observados pela cultura indígena vão desde constelações e estrelas até eclipses e chuvas de meteoros.

Diversidade cósmica

Existe vida fora da Terra? Quais são as probabilidades biológicas de existência de vida fora do nosso planeta? Na palestra sobre A diversidade cósmica e os mundos possíveis, Deidimar Alves Brissi e Rodolfo Langhi discutem como uma civilização avançada pôde sobreviver à explosão de sua estrela e como o planeta poderá continuar orbitando em torno de um buraco negro, ou uma anã branca, ou ainda, vagando sozinho pelo espaço sideral.

Com formação em física e astronomia e experiência na área de Astrofísica (Formação Estelar e Meio Interestelar), Brissi se dedica à educação e divulgação científica, sendo atualmente professor de ensino básico, técnico e tecnológico do IFSP campus de Birigui.

Rodolpho Langhi é professor doutor no Departamento de Física e Meteorologia de da Unesp de Bauru, com vasta experiência em educação em ciências e física, além de pesquisas, projetos e publicações Educação em Astronomia e Formação de Professores. Coordena o Observatório Didático de Astronomia da Unesp e é sócio da SAB (Sociedade Astronômica Brasileira) e da SBF (Sociedade Brasileira de Física).

Ufos

Já na palestra Ufos: documentação oficial na terra e no espaço, Marco Antônio Petit aborda em detalhes a presença alienígena mediante documentação militar na Terra e os sinais que estão sendo encontrados pelo conferencista nos catálogos de fotos dos rovers e espaçonaves da NASA sobre a presença de extraplanetários. O destaque da apresentação serão as fotos oficiais da agência espacial dos EUA e a farta documentação de origem militar do governo brasileiro.

Artes e oficinas

Para os pequenos, haverá a exibição do filme Garoto Cósmico, uma aventura animada que explora um mundo futurista, com vidas programadas e aventuras no espaço, e o espetáculo Lua Vermelha, com uma história que combina ciência e imaginação, levando jovens espectadores numa viagem até Marte.

Na parte de oficinas, tem a Diversão Intergaláctica, para crianças de 3 a 6 anos, e Carimbos alienígenas, para os maiores de 10 anos.

Para quem gosta de ciências, oficinas práticas para a construção de uma Luneta Cósmica ou a Pulseira Via Láctea são opções, bem como a reprodução de um observatório, como ferramenta de resgate histórico e recurso didático para o aprendizado de astronomia científica ancestral.

Por fim, o planetário móvel será uma das atrações mais esperadas, permitindo que visitantes explorem o universo de forma educativa.

Sobre o Cosmos

O projeto Cosmos é idealizado pelo Inape (Instituto Araçatubense de Pesquisas Espaciais) e realizado pelo Sesc Birigui desde 2001, com objetivo de promover uma reflexão sobre a condição humana na Terra e no universo, a partir de uma abordagem educativa, democratizando a informação e aproximando o cidadão da ciência.

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