Da redação Diego Alves
Foi adiado para o próximo dia 06 de maio, o julgamento da ex-policial militar Miriam Cristiane Senche de Zacarias, que seria julgada nesta quinta-feira (18) acusada de participação no homicídio do ex-marido Paulo Roberto Zacarias Cunha, que na época era comandante da Polícia Militar.
O autor do crime que ocorreu em 21 de fevereiro de 2004, era o namorado da ex-policial, o empresário Fábio Bezerra.
A reportagem apurou que a defesa já havia solicitado no início da semana o adiamento do julgamento alegando que Miriam passaria por um procedimento estético nesta quinta-feira (18), mesma data da sessão, mas o pedido foi indeferido pelo juízo.
Nesta quarta-feira (17) o advogado de defesa solicitou novo pedido de adiamento, desta vez apresentando um atestado médico dele próprio, alegando estar impossibilitado de participar da sessão do Tribunal do Júri. O pedido foi aceito e o julgamento foi redesignado para o dia 06 de maio deste ano.
Miriam vai responder por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
CRIME
Conforme denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na noite de 21 de fevereiro de 2004, em frente à casa da mãe da acusada, na rua Padre Anchieta, no bairro Santana, em Araçatuba.
Bezerra chegou no local em uma motocicleta Yamaha XTZ, armado com um revólver calibre 38, e aguardou a chegada da vítima, que também pilotava uma motocicleta. Ao tentar entrar na garagem da casa da ex-sogra, o comandante foi atingido por três disparos pelas costas, que o levaram a morte.
Ainda de acordo com o Ministério Público, o comandante já estava separado da acusada, porém, tentava reatar o relacionamento, e estaria disposto a perdoar a traição da acusada, desde que ela abandonasse Fábio Bezerra, com quem mantinha um relacionamento.
Conforme o Ministério Público, Miriam teria instigado Bezerra a cometer o crime, inclusive cedendo a arma utilizada no homicídio. A arma pertencia ao ex-marido. Ela ainda teria informado ao autor do crime, que o ex-marido iria dormir na casa da ex-sogra, local onde ocorreu o homicídio.
JULGADO
Fábio Bezerra foi julgado em 2010, e condenado pelo Tribunal do Júri a 17 anos de reclusão, mas conseguiu o benefício de recorrer em liberdade. Entretanto, não conseguiu reverter a pena. Ele foi preso em julho de 2012, quando iniciou o cumprimento da pena.
Já Miriam, acusada de participação no homicídio foi presa logo após o crime, mas o Tribunal de Justiça Militar a absolveu num primeiro julgamento, em 2005, por falta de provas. O Ministério Público recorreu, e em um segundo julgamento, o tribunal militar a condenou a 14 anos de prisão. Porém, o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou a incompetência da justiça militar em julgar o crime.
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