Da redação Diego Alves
No próximo domingo (9), às 16h, a Cia Teatro Por Um Triz, da Cooperativa Paulista de Teatro, traz ao palco do Sesc Birigui “Elisa e os Cines Selvagens”, uma livre adaptação do clássico conto “Os Cisnes Selvagens”, de Hans Christian Andersen.
Sob a direção de Péricles Raggio, o grupo veterano de teatro de animação conta uma história de perseverança, amor fraternal e superação.
Em um mundo que privilegia os recursos de alta tecnologia, voltar-se para o simples uso de papel chama a atenção. A peça começa com o palco cheio de caixas de papelão, mostrando que duas mulheres estão se preparando para deixar o lugar ondem moram.
Uma delas está triste, porque não sabe lidar com essa fase de transição. Enquanto separam seus pertences, a outra, então, tira maquetes e figuras de papel de dentro das caixas e resolve contar a história da princesa Elisa, para tentar animar a amiga.
Feitiço
Na história, Elisa precisa se fortalecer para salvar seus 11 irmãos, que foram expulsos de seu reino e enfeitiçados por uma madrasta má. Com a maldição, eles se transformam em cisnes durante o dia e só voltam à forma humana à noite, por isso são obrigados a migrar, como todas as aves migratórias. Enquanto isso, Elisa é forçada a trabalhar na casa de camponeses.
Quando crescem, os irmãos se reencontram. Elisa migra com eles para outro reino e lá, apesar de despertar o amor do rei, é rejeitada pela população local e pelo primeiro-ministro, que veem nela uma ameaça ao status quo daquela sociedade.
Com perseverança, Elisa descobre uma forma de salvar os irmãos do terrível feitiço e, ao final da história, ela e seus irmãos conquistam o respeito da população daquele reino, provocando mudanças significativas naquela sociedade.
No palco, as duas mulheres se sentem mais fortalecidas a enfrentarem sua mudança e a lutarem também por uma transformação.
Teatro de papel
Persistência e perseverança são duas lições do espetáculo, ao mesmo tempo em que aborda questões como a intolerância e a importância do respeito e aceitação do diferente.
A encenação utiliza a linguagem do teatro de papel, explorando técnicas como pop-up, bonecos bi e tridimensionais, origami, kirigami, sombras, em pesquisa com as diversas possibilidades que o papel oferece. O cenário, os figurinos e a iluminação, cuidadosamente elaborados por artistas como Miguel Nigro e Zhé Gomes, transportam o público para um mundo mágico e cheio de surpresas.
A Cia Teatro Por Um Triz, da Cooperativa Paulista de Teatro, desde 1996 desenvolve espetáculos voltados principalmente ao público infantil, sempre mesclando o teatro de animação com o trabalho de ator. É composta por Márcia Nunes e Péricles Raggio (atores/manipuladores e fundadores); Andreza Domingues e Wagner Dutra (atores/manipuladores).
Forró para pés pequenos
Pela manhã, tem show o “Forró para pés pequenos” com a Cia Pé de Ciranda. Por meio de canções alegres e ritmos contagiantes, além de pequenas histórias, as crianças são convidadas a aprender os passos básicos do forró, enquanto se divertem e interagem com os artistas.
O show oferece uma experiência imersiva na cultura nordestina, celebrando a alegria e a energia contagiante do forró. Será às 10h30, na Sala Múltiplo Uso 3.
A Cia Pé de Ciranda, fundada há quase 14 anos em Penápolis-SP, oferece contação de histórias, shows musicais e palhaçaria em escolas, creches, bibliotecas e praças públicas. Seus espetáculos valorizam a musicalidade do cancioneiro nacional e contos populares, destacando cantigas, cirandas e MPB.
A interação com o público de todas as idades é um elemento central, criando uma experiência coletiva onde todos cantam, se divertem e se envolvem com ritmos que resgatam as raízes culturais.
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