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Voluntários da Missão Humanitária do Unisalesiano realizam mais de mil atendimentos em 15 dias

Eles atuaram em seis abrigos localizado na zona norte de Porto Alegre

Da redação Diego Alves

Na madrugada deste domingo, 37 voluntários da Missão Humanitária do UniSALESIANO: “Saúde não espera!” retornaram a Araçatuba, trazendo consigo histórias de resiliência e solidariedade após duas semanas intensas de trabalho em Porto Alegre. Coordenados pelo médico Ângelo Jacomossi, a equipe realizou mais de mil atendimentos em seis abrigos de Porto Alegre (RS), oferecendo cuidados médicos e apoio às comunidades locais que foram vítimas das enchentes no Estado gaúcho.

Em entrevista coletiva concedida à imprensa na manhã desta segunda-feira, Dr. Ângelo, o médico Lucas Caroli Cruz, os acadêmicos de Medicina – Julia da Silva Zeffiro, João Pedro Teixeira de Queiroz, Beatriz Parpinelli Scarpin – e a acadêmica do Curso de Enfermagem, Beatriz Dessotti Cirilo – que representaram todo o grupo – compartilharam os detalhes dessa jornada, ao lado do Reitor do UniSALESIANO, Pe. Paulo Vendrame, SDB, do Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação, André Ornellas, e do Coordenador do Curso de Medicina, Dr. Antônio Poletto.

Dr. Ângelo explicou que o grupo chegou num momento de tragédia emergencial, em que as pessoas estavam em abrigos temporários, sem medicamentos e sem histórico médico. “Nosso primeiro trabalho foi o reconhecimento das necessidades e características dos abrigados”, disse ele, ao relatar que o cenário encontrado era desafiador, com condições agudas de saúde, infecções e doenças crônicas como hipertensão e diabetes. “Me marcou a história de um senhor alcoólatra, que estava há dias sem beber e passou por alucinações. Ele agradeceu pela oportunidade de conversar “, compartilhou Jacomossi.

A acadêmica de Medicina, Julia, relatou a intensidade da experiência: “Além de cuidados médicos, nos envolvemos em tarefas de limpeza, alimentação e cuidados pessoais dos abrigados. A convivência trouxe histórias marcantes e nos fez refletir sobre a fragilidade humana”, contou.

Por sua vez, o acadêmico de Medicina, João Pedro, enfatizou a importância do aprendizado prático: “Tínhamos poucos recursos e confiávamos em nossa formação e nos médicos Ângelo e Lucas, que nos transmitiam confiança. Aprendemos a ouvir mais as pessoas, entender suas histórias e necessidades.”

O doutor Lucas destacou momentos emocionantes, como por exemplo, a chegada a Porto Alegre, depois de 28 horas de viagem, e impacto das situações críticas. “Um dos momentos mais marcantes foi celebrar o aniversário de uma idosa que estava em condições precárias de saúde. Ver seu sorriso trouxe esperança para todos nós.”

EMPATIA

Para a acadêmica de Medicina, Beatriz, a experiência foi intensa, com a prática da empatia de forma tão profunda. “Saber que algumas pessoas não voltarão para casa nos afetou muito. Tudo isso mudará minha formação”, analisou.

A acadêmica da Enfermagem, Beatriz, salientou que essa experiência moldou tanto a parte acadêmica quanto a pessoal, de todos os envolvidos. “Se conseguimos dar conta sem recursos, imagina o quanto podemos fazer com mais apoio”, disse.

O Coordenador do Curso de Medicina, Dr. Antônio Poletto, acrescentou que essa iniciativa gera muita esperança na solidez da formação. “A gente fica muito feliz com a maneira como eles acolheram esse projeto. E muita gente queria ter tido essa oportunidade.”

O Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação do UniSALESIANO, André Ornellas, também comentou sobre o esforço coletivo: “Nossa missão institucional é essa e fazemos a diferença. É possível, pela competência nossa, dar este acréscimo de valores, não só os mantimentos, de mandar pessoas para poder ajudar e salvar vidas. Então, tivemos sete dias, desde a organização, a logística, até materiais de EPIs, mapeamento. Nós monitoramos eles 24 horas por dia, desde quando saíram até a hora que chegaram. Valeu a pena toda essa trajetória.”

POSTURA

Por fim, Pe. Paulo ressaltou o impacto da missão, que marcou a experiência profissional e a vida dos voluntários, bem como a vida do pessoal de Porto Alegre. “Tenho falado muito com o pessoal da Faculdade Dom Bosco, com o Inspetor Salesiano do Sul do Brasil, Pe. Ademir Ricardo Cwendrych, SDB, e eles ficaram muito impressionados com a postura de vocês, com a disponibilidade. Foi muito bonito e é um jeito salesiano de ser, que é um diferencial”, explicou.

Os voluntários expressaram gratidão ao UniSALESIANO e à Faculdade Dom Bosco pelo suporte e acolhimento. “Só temos que agradecer por tudo o que nos proporcionaram para que pudéssemos fazer nosso trabalho da melhor forma possível”, disse Beatriz Dessotti.

Para saber mais sobre o trabalho realizado pela Missão Humanitária do UniSALESIANO, acesse o Diário Virtual da Missãohttps://unisalesiano.com.br/aracatuba/missao-humanitaria-rs-diario/

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